Estava ignorando um sentimento tão bonito, mas mesmo assim continuava me aproximando dela. Então não me recordo como, nossa amizade foi rompida, eu não ia mais para casa junto dela, não falávamos muito um com o outro, comecei a me enganar dizendo que não a amava para mim mesmo. Mas o que aconteceu? O amor foi só aumentando. Se passaram 3 anos e eu com o coração já cheio, era um segredo de verdade, pois era só meu.

Neste ano, aconteceu algo comigo que não sei explicar muito bem. Parece que cresci mais do que meu corpo, com 15 anos me sentia muito mais velho. Não me sentia com a mesma visão de meus colegas, não me sentia naquela onda de ser moleque, de ver as garotas só como um “objeto”, pois eles enxergavam assim. Eu não precisava de muitas mulheres, só precisava de uma, aquela, para amar eternamente. Me senti estranho com isso.

Dei de cara com o primeiro problema: ela provavelmente não teria esta mentalidade minha, de amar eternamente. Logo em seguida pensei no segundo, o mais aterrorizador, que assombra todo homem apaixonado: ela me ama? Mas como não sou homem de aceitar imposições, condições ou hipóteses, eu vou atrás do que quero até o final, e o final é um lugar bem longe pra mim. Sou um homem de fé, que acredita no que quer, e consegue.

Comecei a me mostrar mais maduro então. Contei com a ajuda de uma amiga, que realmente me acudiu muito, eu pude me abrir com ela, e ela respondeu dizendo que eu tinha mudado muito. Queria conquistar meu amor, mas não para pouco tempo, e sim para a vida toda, uma coisa quase impossível, já que ela era uma adolescente e talvez nem me notasse.